Decisão foi publicada na terça-feira (20) e agora depende também de uma análise da sexta turma do STJ. Defesa de Edison Gasparini afirma que "a decisão avalia apenas um pedido liminar e será reformada no momento processual adequado".
O ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, negou pedido do ex-presidente da Cohab de Bauru, Edison Bastos Gasparini Júnior, para suspender, em caráter liminar, a ação penal que o acusa de desviar R$ 54 milhões da companhia.
A decisão foi publicada na terça-feira (20) e agora depende também de uma análise da sexta turma do STJ para manter ou não a decisão do ministro Rogério Cruz.
A ação penal foi aberta pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que realizou a operação João de Barro, em dezembro de 2019. (Veja mais sobre a operação abaixo).
Em nota, o advogado Leonardo Magalhães Avelar, que defende Gasparini no processo disse que "a decisão avalia apenas um pedido liminar e será reformada no momento processual adequado."
A nota destaca ainda que “ao final, a ação penal remanescente terá o mesmo destino dos outros cinco procedimentos criminais que já foram devidamente arquivados, em razão da demonstração da inocência de Edison Gasparini", conclui.
Desvios na Cohab
A Cohab vive momentos turbulentos após escândalo revelado pela Operação de João de Barro, que investiga desvios de quase R$ 55 milhões da companhia, que teriam ocorrido entre os anos de 2007 e 2019.
Durante esse período, as parcelas de uma dívida milionária da companhia não foram pagas, inflando o saldo devedor, que chegou na casa de R$ 1,7 bilhão. Após rodadas de negociação, a Prefeitura de Bauru e a Caixa Econômica Federal firmaram acordo para reduzir o valor.
A operação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, apontado como o operador do esquema. Em dezembro, a Justiça concedeu a liberação deste dinheiro que estava depositado em juízo.
Neste processo, o ex-presidente da companhia, Gasparini, e o ex-diretor administrativo, Gobbi, respondem criminalmente, caso em que a pena de reclusão é solicitada pelo MP.
O processo do Ministério Público está em andamento na Justiça.
Fonte: G1
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