EVENTO
Na semana passada, foram anunciadas por meio das redes sociais, as primeiras atrações do Rock Rio Pardo, maior festival do gênero no Centro Oeste Paulista e um dos mais famosos em todo o interior de São Paulo, que neste ano acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Recinto “José Rosso”(Expopardo), em Santa Cruz do Rio Pardo.
O primeiro nome anunciado foi o do cantor Di Ferrero (ex- NX Zero) que se apresentará na primeira noite do Festival, no dia 12 de julho. A segunda atração divulgada foi a da banda gaúcha Fresno que toca na mesma noite que Ferrero.
A terceira atração confirmada é da banda capixaba Dead Fish, que tocará na segunda noite do Festival, no dia 13 de julho. Esta será a segunda vez que a banda tocará em nossa região. Em 2022 eles tocaram no Festival de Rock de Ourinhos.
Nas próximas semanas devem ser divulgados os nomes das atrações principais do terceiro e último dia do Rock Rio Pardo, além das outras bandas que irão compor a line-up dos três dias do Festival.
Perfil das atrações
Di Ferrero
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Cantor Di Ferrero (ex- NX Zero) se apresentará na primeira noite do Festival, no dia 12 de julho |
Em 2017, quando a banda NX Zero anunciou uma pausa, Di Ferrero começou a sua carreira solo e em março de 2018 lançou seu primeiro single e clipe solo da música "Sentença".
Em 2022, Di Ferrero iniciou nova fase de sua carreira com o lançamento do seu primeiro álbum solo, “Uma Bad, Uma Farra”. O cantor de 38 anos, que foi vocalista da banda NX Zero por 13 anos, na ocasião, o cantor revelou que já se sentia seguro para produzir algo que tivesse sua cara. “Minha carreira solo agora está em outro momento. No começo eu ainda precisava entender. Quando o NX deu uma pausa eu nem sabia o que ia fazer, eu estava com a ideia de morar fora, fazer outras coisas, até começar a fazer um som,” contou o artista.
A obra passeia pelo pop alternativo e por várias vertentes do rock – reflexo natural de tudo que o músico vivenciou com o NX Zero, além de todo seu período pós-banda, quando pôde diversificar sua linguagem sonora.
Di aproveitou o tempo para experimentar e gravar músicas com pessoas que o público não esperava, como o Thiaguinho, a IZA, o Vitão. Sobre seu álbum, o cantor ressaltou uma participação bem especial para a história da sua carreira. “Foi muito dá hora fazer uma música com Badauí, do CPM22, que é uma banda que me ajudou muito no começo, e sempre me abraçou”, revela.
Fresno
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A banda gaúcha Fresno fará show na mesma noite do cantor Di Ferrero |
Formada em 1999, em Porto Alegre (RS), a Fresno trilhou uma carreira que a coloca em um lugar único no panorama do rock brasileiro. “Único” pelo fato de que nem a banda nem seu público se prenderam a serem representados por hits de rádio de uma década atrás.
Auto-gerida desde a saída de uma major, a banda passou a produzir os seus próprios álbuns, trazendo novas referências a cada um deles, expandindo sua paisagem sonora que, hoje, é tão ampla quanto se pode ser. Desde álbuns quase progressivos como, ‘Infinito’, até trabalhos inteiramente sinfônicos, como o da ‘Sinfonia de Tudo que Há’, a banda foge de caminhos óbvios e previsíveis. Não à toa, o seu público se acostumou a esperar pelo inesperado. O álbum ‘Sua Alegria Foi Cancelada’ (2019), por exemplo, trouxe uma nova guinada sonora, com sintetizadores analógicos distorcidos e guitarras – ora ásperas, ora espaciais – sublinhando os versos entoados por Lucas Silveira, mais sinceros e desoladores que nunca.
Em 2021, a Fresno vasculhou o seu HD e apresentou aos fãs a playlist INVentário. Com 21 faixas lançadas ao longo de 45 dias, o projeto apresentou camadas, possibilidades e formatos ainda não experimentados pelo grupo até aqui.
No dia 5 de novembro de 2021, um novo capítulo se iniciou, com o lançamento do nono disco da discografia do, agora, trio – formado por Lucas Silveira (vocais e guitarra), Gustavo Mantovani (guitarra) e Thiago Guerra (bateria). Intitulado Vou Ter Que Me Virar, o novo álbum trouxe a participação de Lulu Santos e foi estreado no palco do Lollapalooza Brasil, em 2022, seguindo com a turnê VTQMV que lotou casas de shows por onde passou.
No ano passado, a banda lançou o single “Eu Nunca Fui Embora”, que dá título ao seu próximo álbum, que deve ser lançado neste ano de 2024.
Dead Fish
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A banda capixaba Dead Fish tocará na segunda noite do Festival, no dia 13 de julho |
O Dead Fish surgiu em 1991 e após muitos shows e demos, chegaram ao primeiro álbum, ‘Sirva-se’, que vendeu mais de dez mil cópias em um ano. Em 2004 lançam pela DeckDisc o CD Zero e Um, com mais de trinta mil discos comercializados no primeiro ano. Outros grandes momentos foram os DVDs MTV apresenta Dead Fish (2004), Dead Fish 20 anos (2012) e XXV Ao Vivo Em SP (2017). Durante a quarentena forçada pela Covid-19, a banda realizou lives para o projeto “Fortalecendo a Graxa”, para ajudar a equipe técnica que ficou sem trabalhar por causa da pandemia. Com os shows voltando a normalidade. Uma característica da carreira do Dead Fish são as letras contundentes, como pode ser provado no disco Ponto Cego (2019); o vocalista explica sem meias palavras: “Temos certeza que muitos fãs se foram, mas isso as vezes é necessário também, a gente não tem como agradar todo mundo, nossa cultura é desafiadora, o punk sempre foi e será questionador e acima de tudo antifascista. Quem vibrou nessa energia neonazi a brasileira ou se arrepende, pede desculpa e volta ou some do rolê né? Aqui não é lugar pra essas ideias e atitudes”. Com uma sólida discografia e uma integridade musical inabalável, o Dead Fish passou por diversos momentos durante sua caminhada, porém sempre entregando grandes álbuns e shows repletos de energia e conscientização, que os alçaram ao hall das mais importantes de rock do Brasil. A formação atual do Dead Fish conta com Rodrigo Lima (voz), Ric Mastria (guitarra), Igor Tsurumaki (baixo) e Marcão (bateria).
Origem do Festival
O “Rock Rio Pardo” foi criado em 2002 por músicos amadores de Santa Cruz do Rio Pardo. O objetivo inicial era ter um espaço para a apresentação das “bandas de garagens”.
Ao longo dos anos, entretanto, o evento cresceu e virou referência nacional para o rock brasileiro. O grande passo aconteceu em 2013, quando o festival trouxe a banda “Dr. Sin”, com o apoio da prefeitura.
No ano seguinte, foi a vez de “Ultraje a Rigor” e “Raimundos”. E o festival virou um sucesso, com um público aumentando a cada ano. O evento ainda continua sendo organizado pela “Comissão de Bandas”, com o apoio financeiro do município.
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