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Queda no valor do papelão para reciclagem impõe novos desafios para catadores no interior de SP

ECONOMIA SUSTENTÁVEL

Segundo a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), a baixa no valor está relacionada à grande oferta do material nas indústrias brasileiras. Em Jaú, aposentado transforma o papelão em réplicas de veículos.

Queda no valor do papelão para reciclagem impõe novos desafios para catadores — Foto: Reprodução/TV TEM

O preço do papelão reciclável completou, em 2024, o segundo ano em queda e como consequência, o material deixou de ser recolhido por catadores autônomos. O que antes era objeto de disputa entre as cooperativas de reciclagem em Bauru, hoje está espalhado pelas ruas da cidade.

Giselle Moretti é administradora de uma cooperativa de reciclagem na cidade. Em entrevista, contou que o quilo do material em 2021 era comprado por 60 a 80 centavos e em maio de 2024 não passa de 20 centavos.

“Há dois anos, era melhor importar o material para fazer embalagem do que consumir o que já estava dentro do país. Agora, com uma mudança de lei, as fábricas começaram a ter estoque de papelão, então a oferta ficou muito grande”, explica Giselle.

Como o papelão é leve, e ocupa um grande espaço, os catadores de reciclagem autônomos deixaram de dar prioridade ao produto, que fica espalhado pela cidade ou acaba sendo destinado de forma indevida a aterros sanitários.

Queda no valor do papelão para reciclagem impõe novos desafios para catadores — Foto: Reprodução/TV TEM

Carlos da Silva é coletor de recicláveis e sua principal atividade é transportar resíduos gerados em condomínios e empresas de Bauru e região. Ele afirma que recolhe o papelão apenas por fazer parte do acordo com as empresas.

“A gente tem um combinado com condomínios e empresas para levar os recicláveis em geral, então a gente leva todo material. Mas tem comprador que nem pega mais papelão”, contou em entrevista.

A  Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel) confirmou que o preço está em queda pelo excesso de oferta de papelão, que reforçou os estoques das indústrias e com isso a compra do material parou. A Empapel confirmou, por outro lado, que o mercado prevê um aumento do preço ao longo de 2024 pela queda gradativa dos estoques.

Catadores buscam alternativas após baixa no preço do papelão — Foto: Reprodução/TV TEM

Arte com papelão

Já em Jaú (SP), um caminhoneiro aposentado dá outro significado ao papelão que antes era descartado.

Laurindo Rodrigues dos Santos aproveita os restos de caixas que recolhe de supermercados da cidade e faz réplicas de veículos.

“Começou como um hobby. Eu vi uma vez e tentei fazer, fui me aperfeiçoando e aprendendo mais”, conta o aposentado.

Apenas as colas utilizadas são compradas pelo aposentado. Pedaços de madeira reciclada também são utilizados nas confecções.

Jauense produz miniaturas de veículos com papelão reciclado — Foto: Reprodução/TV TEM
Jauense produz miniaturas de veículos com papelão reciclado — Foto: Reprodução/TV TEM

Laurindo conta que, apesar de muito trabalhoso, o produto não tem muito valor, mesmo deixando admirado quem conhece as confecções.

“Tem muita gente que admira, mas não tem muito valor para vender, as pessoas acham caro. Mas o papelão dura, tem caminhãozinho aqui que eu fiz há mais de anos."


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