Ourinhos Basquete domina o jogo, mas sofre ‘apagão’ no último quarto e perde para Avaré

 

Tinha tudo para ser um domingo perfeito. Após 8 anos, finalmente aconteceu o tão sonhado reencontro da equipe do Ourinhos Basquete com sua torcida apaixonada pelo basquete feminino, na primeira partida das ourinhenses no Monstrinho desde o fim das atividades da equipe em 2014, em jogo válido pela 2ª rodada da Liga Regional de Basquete Feminino Centro Oeste Paulista  (LBC).

Assim como sempre aconteceu, mais uma vez a torcida ourinhense cumpriu seu papel de sexta jogadora em quadra, vibrando, torcendo e apoiando o time do início ao fim, com um toque especial de emoção e alegria de quem matava uma saudade que já durava oito anos.

A equipe do Ourinhos Basquete formada exclusivamente por ex-atletas do saudoso time de tantas glórias e alegrias, que tornou a cidade conhecida como a “capital nacional do basquete feminino”,  entrou em quadra com muita euforia e determinada a vencer a equipe do Avaré, e desde o início do jogo, as “meninas de ouro” comandadas  pela técnica cubana Lisdeivi Pompa (uma das principais atletas do time supercampeão entre os anos de 1996 a 2014), dominaram as ações, apoiadas pela sua torcida que ocupou as arquibancadas do Monstrinho, e venceram o 1º quarto por 12 x 9 e o 2º por 19 a 12, virando o primeiro tempo da partida, com o placar de 31 a 24, numa vantagem de 15 pontos, que fazia crer que o time conquistaria sua segunda vitória na LBC. No entanto, após o intervalo, a equipe ourinhense diminuiu seu ritmo de jogo e passou a errar diversas cestas em sequência e o talentoso time de Avaré começou a “acertar a mão”, fazendo várias cestas de 3 pontos, comandada pela jogadora Andressa, cestinha do jogo com 24 pontos e melhor atleta em quadra. Do lado ourinhense, a jogadora Djane assumiu a responsabilidade pelas principais jogadas do time e foi a cestinha da equipe com 23 pontos. No entanto, as demais atletas começaram a sentir o cansaço físico e foram traídas pelo seu emocional, sentindo a carga de ter que vencer em casa diante de sua torcida.

Foi aí que as jogadoras do time de Avaré se aproveitaram do nervosismo  e do cansaço das ourinhenses e venceram o terceiro quarto por 9 a 8 e viraram a partida no último quarto de jogo, vencendo por 27 a 14, fechando o placar da partida com a vitória por 55 a 53, para tristeza das atletas do Ourinhos Basquete, algumas inclusive não conseguiram conter as lágrimas da decepção, por verem escapar das mãos uma vitória que estava praticamente garantida, e sentindo o gosto amargo de uma derrota inesperada e dolorida.

Após o jogo, a reportagem do Tribuna Ourinhense entrevistou a técnica Lisdeivi Pompa e as jogadoras Laís e Djane, que falaram os motivos que levaram a equipe ourinhense a sofrer sua 1ª  derrota na LBC e qual lição ficou para que os mesmos erros não se repitam nos próximos jogos da competição. 

Lisdeivi disse que “é difícil voltar tanto tempo depois aqui no Monstrinho, com o ginásio lotado e acho que isso mexeu com o emocional das meninas e também é muito tempo sem jogar, sem sentir esse apoio. Mas o time insistiu muito nas cestas de três pontos e as jogadoras não foram disciplinadas na hora de fazer o que a gente pediu, e esse foi o resultado, ou seja, a derrota. O aprendizado que ficará para elas é que tem que ter disciplina, obedecer e acho que também temos que levar em conta é que elas ficaram muito tempo sem jogar e só com o tempo e o decorrer dos jogos, isso irá melhorar. Mas podemos destacar como ponto positivo do time, foi a Djane que se envolveu muito com o jogo, jogando como pivô, embora seja lateral e é uma jogadora muito forte e que cavou muitas faltas, a Laís Cristina também desequilibrou, mas acabou caindo de produção no final.   Agora é treinar muito forte e nos preparar para as próximas partidas, principalmente contra Rio Preto que é uma equipe muito forte e está invicta na competição”, ressaltou.        

Djane falou dos erros que provocaram a virada de Avaré no final do jogo. “Foi um jogo muito difícil e acho que faltou um pouco de experiência para as meninas, para administrar a vantagem e segurar mais a bola, no último quarto, a derrota faz parte e a gente vai correr atrás do prejuízo e melhorar para o próximo jogo. É difícil falar isso, mas acho que perdemos esse jogo para nós mesmas, a gente perdeu pro cansaço e para o emocional, mas acho que esta derrota veio para isso mesmo, para gente acordar e corrigir os erros para as próximas partidas e treinar e entrar mais forte e saber administrar melhor o jogo. Mas jogamos com muita garra e dedicação e apenas temos que cuidar melhor do emocional, pois quem tem mais emocional é que acaba vencendo o jogo”, considera.          

Laís afirmou que a falta de disciplina técnica foi o fator decisivo para a derrota da equipe. “O jogo é feito de detalhes e se a gente não fizer o que a Lis pede, é isso que acontece, ela mandou a gente fazer algumas jogadas que fizemos tudo ao contrário, e temos que ter consciência que ela é a técnica e se a gente não ouvir e seguir o que ela diz, não vai pra frente. Não tiro o mérito de Avaré que jogou muito bem. Nós precisamos trabalhar agora o físico e o emocional, por os pés no chão, seguir de cabeça erguida e vir melhor para as próximas partidas da competição”, frisou.     

      Próximos jogos

A equipe do Ourinhos Basquete retorna a quadra no próximo dia 12, enfrentando Lençóis Paulista, na casa das adversárias e encerra sua participação no 1º turno da LBC, jogando no dia 26, no Monstrinho, contra a forte equipe de Rio Preto, campeã do ano passado, invicta na competição e que venceu a equipe de Lençóis Paulista por 71 a 33 no último domingo.